Sites visitados são listados como fonte do material ilegal, com o
objetivo de tornar as mensagens policiais falsas o mais real possível,
disse um pesquisador
Um pesquisador independente identificou uma variante do vírus policial
ransomware. Apelidado de Kovter, esta versão se destaca porque usa
informações coletadas a partir do histórico do navegador da vítima, a
fim de dar mais credibilidade ao golpe, disse o especialista conhecido
na Internet como Kafeine.
Ransomware é uma classe de aplicativos maliciosos projetados para
extorquir dinheiro dos usuários, desativando funcionalidades importantes
do sistema ou criptografando arquivos pessoais. Uma variação particular
deste tipo de ameaça exibe mensagens disfarçadas de notificações de
agências de aplicação da lei.
A linguagem das mensagens e os nomes das agências usados nos golpes
mudam de acordo com a localização das vítimas, mas em quase todos os
casos os alvos são informados de que seus computadores foram bloqueados
porque acessaram ou baixaram conteúdo ilegal. A fim de desbloquear as
máquinas, os usuários são obrigados a pagar uma "multa".
O Kovter exibe um alerta falso supostamente enviado pelo Departamento de
Justiça dos EUA, pelo Departamento de Segurança Nacional e pelo FBI,
que afirma que o computador da vítima foi usado para baixar e distribuir
conteúdo ilegal.
O malware verifica se qualquer um dos links já arquivados no histórico
do navegador da vítima faz parte de uma lista remota de sites
pornográficos (cujo conteúdo não é necessariamente ilegal), e se há uma
correspondência o vírus exibe o endereço da página na mensagem. Se não
houver correspondência ao relacionar o histórico com a lista remota, o
malware usa um site pornô aleatório no alerta, de acordo com Kafeine.
A mensagem também lista o endereço IP da máquina e nome de host. Os
desenvolvedores de ransomware estão constantemente melhorando sua taxa
de sucesso e esta técnica é apenas a última de uma série de "truques"
que foram adicionados ao ataque.
Algumas variantes do vírus utilizam a webcam do computador, se houver
uma, para captar a imagem do usuário e incluí-la na mensagem para dar a
impressão de que as autoridades estão "vigiando" a vítima. Outra
variante dá ao usuário infectado 48 horas para pagar uma multa antes de o
HD ser formatado e todos os dados apagados.
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