Conheça as principais vantagens e problemas dos dois tipos de conexão e fique antenado sobre qual tem mais a oferecer.
Toda vez que surge uma nova tecnologia, as fabricantes fazem inúmeras
propagandas milagrosas relatando os incríveis benefícios que a inovação
tem a oferecer. Por um lado, os comerciais mostram possibilidades e
recursos funcionais. Contudo, algumas vezes o falatório é muito comprido
e acabamos nos decepcionando com os resultados dos produtos.
Isso é exatamente o que ocorreu com o lançamento das redes Wi-Fi. Na
teoria, as conexões wireless do tipo 802.11n deveriam oferecer até 300
Mbps de velocidade para download. Na prática, os consumidores acabam
encontrando diversos problemas de sinal, conexão, velocidade e
segurança. Apesar dos inconvenientes, as redes sem fio oferecem
liberdade.
Com tudo isso em mente, algumas dúvidas permanecem quanto à
capacidade da tecnologia wireless. Afinal, por que existem tantos
problemas com conexões Wi-Fi? O cabo é uma tecnologia insubstituível?
Isso é o que vamos abordar neste artigo.
As barreiras que impedem a propagação
Você já reparou como é o símbolo de uma rede Wi-Fi? Pois bem, aquelas
pequenas curvas que aparecem ao lado da antena representam as ondas do
sinal. Talvez você não saiba, mas as conexões wireless operam com ondas
de radiofrequência — parecidas com as que são usadas para transmissão do
sinal de televisão.
Até aí, a ideia é simplesmente genial, afinal, a TV funciona
perfeitamente e raros são os problemas que ocorrem e deveria ser
semelhante com o sinal wireless. Ondas de radiofrequência são
programadas para ultrapassar obstáculos, porém, o sinal de uma rede
Wi-Fi é muito fraco, o que acaba reduzindo a qualidade da conexão.
Além disso, existem problemas quanto à transmissão. As conexões sem
fio trabalham com sinal digital, um método compatível com a linguagem
dos computadores, mas péssimo para a transmissão de dados. Basicamente,
muitos pacotes de dados acabam se perdendo no caminho, o que resulta na
queda de velocidade e na repetição desnecessária de informação.
Outros fatores influenciam diretamente na velocidade e qualidade.
Pequenos atrasos aparecem durante a conversão de dados para ondas de
radiofrequência. Esse inconveniente acontece tanto no roteador quanto no
computador, algo que aumenta a demora na comunicação na grandeza de
milissegundos.
A interferência de outros eletrônicos também é um problema que gera
redução na qualidade da conexão ou, às vezes, até ocasiona a queda do
sinal. Essa situação é comum quando outro aparelho utiliza a mesma
frequência de operação para transmitir sinais de radiofrequência — isso
acontece muito com telefones sem fio.
Problemas sem fio no cotidiano
Não bastassem todos esses pequenos empecilhos na transmissão do
sinal, as redes sem fio comprometem a segurança dos computadores. Apesar
de contarem com chaves de segurança, conexões Wi-Fi não são à prova de
invasões. Claro, existem pequenos macetes para aumentar a proteção,
todavia, muitas pessoas desconhecem as configurações dos roteadores.
É justamente no desconhecimento que residem outros problemas que
afetam a velocidade e qualidade da conexão. Problemas recorrentes
acontecem na conexão entre consoles (PlayStation 3 e Xbox 360) e
roteadores. Devido à necessidade de conexões com baixíssimos atrasos e
altas velocidades, os jogadores acabam sendo prejudicados quando tentam
brincar online usando redes Wi-Fi.
Outros erros comuns acontecem durante os downloads de arquivos
grandes. Falhas desse tipo podem acontecer em conexões cabeadas também,
todavia, nas redes wireless, esses inconvenientes costumam ser mais
frequentes. Normalmente não há motivos aparentes, mas às vezes acontece
de o adaptador desligar sozinho ou perder o sinal da rede.
Quando o cabo é o problema
As redes sem fio não são perfeitas, mas as conexões com cabo também
estão longe de ser as maravilhas do novo século. Claro, as situações
problemáticas são reduzidas, entretanto, os cabos também geram dores de
cabeça. Ao contrário das conexões wireless, aqui, as interferências são
raras e só ocorrem quando fiações elétricas estão muito próximas dos
cabos.
As velocidades de download e upload são muito próximas dos limites
máximos. Os únicos problemas que podem reduzir a rapidez na transmissão
dos dados é a configuração de portas no modem e a distância entre o
computador e o distribuidor de sinal (roteador, hub ou modem).
Apesar de poucos inconvenientes, as redes cabeadas limitam os locais
de acesso à internet. Além de ser necessário realizar uma instalação
trabalhosa dos cabos, o consumidor se obriga a manter o computador
sempre em um mesmo lugar. Essa falta de liberdade é o que vem diminuindo
o uso dos cabos, apesar de que o padrão ainda é mais confiável e rápido
— ainda mais no caso das redes Gigabit.
O novo padrão Wi-Fi vem aí
Depois das conexões 802.11a, b, g e n, agora, as fabricantes de
roteadores estão começando a trabalhar com o novo padrão: o 802.11ac. A
Netgear
anunciou recentemente um modelo capaz de trabalhar com velocidade de
até 1.300 Mbps para downloads — superando em 300 Mbps as atuais conexões
com cabo.
Outras promessas do novo padrão dizem respeito à conexão direta com
os aparelhos. A transmissão de dados será direcionada, o que deve
resultar em velocidades elevadas e um sinal de alta qualidade. Os
primeiros produtos devem aparecer neste mês, sendo que o padrão deve ser
completamente adotado em 2013.
Enfim, por ora, podemos dizer que as conexões cabeadas são mais
rápidas e confiáveis, o que as torna melhores para downloads e streaming
de vídeo. Contudo, a mobilidade é algo essencial, sendo obtida apenas
com a tecnologia wireless. Assim, enquanto as redes Wi-Fi não evoluem, o
jeito é se acostumar com os problemas e apelar para o cabo quando
necessário!
FONTE: TECMUNDO
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