Para evitar que a polêmica com o Megaupload se
repita com seu novo serviço, o excêntrico milionário optou pelo bom e
velho "João Sem Braços".
Como você conferiu ontem,
o criador do finado Megaupload decidiu ouvir o apelo dos "órfãos" da
internet e lançou o sucessor espiritual do popular serviço, batizado
apenas de Mega. No entanto, levando em consideração toda a polêmica Kim
Dotcom no início do ano, algumas dúvidas ainda pairam em torno da
novidade. Afinal, ela conseguirá sair ilesa da guerra envolvendo a
pirataria e direitos autorais ou vai tombar como aconteceu com sua
antecessora?
Ainda que, em sua essência, o Mega seja muito semelhante ao
Megaupload — ao menos em termos de funcionamento —, ele se difere
exatamente naquilo que é mais importante para o usuário: a segurança dos
dados armazenados. Isso porque os novos servidores criptografam todos
os arquivos enviados e somente a pessoa que fez o upload é capaz de
descriptografá-los.
O que isso significa?
Em tese, é como se apenas você soubesse o que está sendo armazenado,
uma vez que nem mesmo o Mega é capaz de identificar aquele conteúdo. Com
essa autonomia dos usuários, ninguém é capaz de dizer o que está sendo
guardado nos servidores da empresa. Desse modo, caso alguma empresa se
considere lesada por conta do compartilhamento ilegal, Dotcom e seus
sócios poderão alegar que não têm ideia do que está acontecendo, pois
eles não têm controle e nem consciência de como os usuários usam o
serviço.
Em termos gerais, é o bom e velho “João Sem Braços” que todos
conhecemos. Se a situação apertar para os criadores do Mega, basta eles
dizerem que não sabem de nada e os órgãos responsáveis pela defesa de
direitos autorais não poderão fazer nada. Segundo o próprio Dotcom, a
única maneira de acabar com a nova estratégia é tornando a criptografia
de dados ilegal — algo improvável de acontecer.
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