Uma pesquisa conduzida recentemente pela Fundação Dom Cabral mostra que o já conhecido problema da falta de mão de obra especializada no Brasil piorou nos últimos meses e não apresenta qualquer sinal de reversão no curto ou no médio prazo.
Segundo a organização, 91% das empresas ouvidas revelaram ter problemas para preencher seu quadro de funcionários. O problema atinge desde cargos mais específicos – como gerente de projetos – até funções técnicas e administrativas.
Os impedimentos mais apontados em relação aos candidatos não contratados são deficiência em conhecimentos básicos, ausência de habilidades específicas, mas esperadas em sua formação e falta de fluência em inglês.
Embora este aspecto não tenha sido mencionado pela Fundação Dom Cabral, é comum encontrar, no outro lado desta história, profissionais que reclamam de empresas que não oferecem remuneração compatível com os níveis de exigências destes cargos, o que os fazem optar por outras atividades.
É justamente este ponto que algumas companhias têm atacado para manter os já escassos profissionais qualificados que fazem parte de seu quadro de colaboradores ou para atrair talentos que atuam em outras empresas: oferecer remuneração maior e planos de carreira mais elaborados, por exemplo.
A redução das exigências também tem sido uma arma. Muitas companhias estão abrindo mão de aspectos como experiência comprovada, fluência em inglês e pós-graduação, recorrendo a treinamentos internos ou ao pagamento de cursos aos funcionários para amenizar determinadas deficiências. Quem já chega oferecendo estas “vantagens”, portanto, tem chances maiores de conseguir bons salários ou cargos mais atraentes.
Referência: Estadão
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